sexta-feira, junho 22, 2007

Sobre lugares bizarros I

Esses dias eu tava meditando sobre o Chipre.
Eu adoro esse país, ele tem um nome curto e impactante.
Quando alguém fala: "Eu sou do Chipre", o povo ja arregala o olho e manda um: "Que loco!".
Mesmo porque alguém conhece, já conheceu, mesmo que pela TV, alguém do Chipre?
Não? Pois então, nem eu.
O que me leva a deduzir que o Chipre é o Acre do mundo. Ninguém sabe se existe de verdade, reza a lenda de que é habitada, embora muitos afirmem que só existam pigmeus albinos, radicais xiitas, e comunistas foragidos pós-guerra fria, portanto nenhuma vida inteligente.
Até o formato do Chipre é bizarro, ele é tremendo de um espermatozóide,:

"Ih, rapaz! Onde fica esse tal de Chipre?"
"É aquele espermatozóide ali tentando fecundar a Turquia!"
(Turquia é outro lugar bacana, mas fica pra outro post!)

E as cidades do Chipre: Nea Paphos, Paphos Kouklia, Kouklia Latnarca, Nea Latnarca...
É uma criatividade digna de um suricate amarelo noturno sub-saariano.
Parece a seleção de futebol de Protugal do começo da década de 90:
"Agora a formação de Portugal com vocês, amigos da Rede Globo:
- João Carlos, Goleiro
- Carlos Daniel, Lateral Esquerdo
- João Augusto, Lateral Direito
- Pedro Augusto, Primeiro zagueiro
-Pedro Henrique, Segundo Zagueiro
- Carlos Henrique, Volante
- João Daniel, Meia Direita
- Manuel Carlos, Meia Esquerda
- João Manuel, Meia Central
e no ataque:
- Carlos Rodrigo e o brasileiro naturalizado Português: Tampinha"

Eu queria ver alguém falando:
"Cara, vou transformar o Chipre numa potência comercial, praticamente a próxima Cingapura!"
Eu diria que ele tem 4 problemas:
1- Achar o Chipre.
2- Provar pro mundo que ele existe.
3- Encontrar vida terrestre inteligente.
4- Provar pra seus habitantes que eles moram no Chipre (Juro, eu não acreditaria).

Alguém acredita em Papai Noel? Pois é, até o próprio Papai Noel não acredita no Chipre, ele nunca passou por lá...

quarta-feira, junho 13, 2007

Mais uma do serviço público

Parece que toda vez que eu vou no poupatempo, eu vejo alguma coisa digna de um post.

Esses dias passei lá para tirar minha Carteira de Trabalho, isso mesmo, agora já sou um cidadão trabalhador. To me sentindo tão adulto... Mas isso não vem ao caso. O fato é que eu peguei uma senhora fila por lá, pois a fila é a mesma pra tudo quanto é serviço na parte da secretária do trabalho: Seguro-desemprego, qualquer via de carteira de trabalho, programa primeiro emprego etc etc etc.

Mas tem um coisa especial que funciona por lá, é o Programa de assistência ao Portador de Deficiência (Padef). Não sei exatamente como funciona o maldito programa, mas sei que tinha um indivíduo numa cedeira de rodas querendo participar dele.

Atendente (vou chamar de A): O senhor trouxe todos os documentos?
Deficiente (que vou chamar de D): Ta tudo aqui.
A: Senhor, está faltando um comprovante médico de que o senhor é portador de deficiência.
D: Precisa? Eu to numa cadeira de rodas, caso você não tenha percebido.
A: Desculpa senhor, mas você deve compreender. Já tentaram dar golpe diversas vezes.
D: Tudo bem um senhor de óculos escuros falar que é cego, ou um cara se fazer de louco e falar que é deficiente mental. Mas eu to numa MALDITA CADEIRA DE RODAS.
A: Acalme-se senhor. As vezes existe cura...
(adoro atendente querendo pagar de boazinho e dando uma idiota)
D: Cura?! (Nesse momento até eu me assustei, ele levanta o pano que cobria sua parte inferior e mostra que na verdade não tem parte inferior...) Eu não tenho as porras das minhas pernas!! (Levanta o coto e balança) Ta vendo isso?! Não? Exatamente, porque não tem nada pra ver! NÃO TEM NADA!

Esse momento é aquele que todo mundo fica sem graça. Sabe quando aquele tio aparece no meio da reunião de família e fala que é gay? Ninguém sabe o que dizer, não sabe se defende o cara por ter se assumido ou o pai que está prestes a esganar o filho. Mas deixe-me voltar a história.

A: Me desculpa, senhor. Mas é protocolo, precisa do comprovante.
D: Minha querida (e aqui começa a intimidade de duas pessoas que nunca se viram). Imagina a cena, uma pessoa sem as pernas chega num médico e pede comprovante de que não tem as pernas. Até eu, se fosse o médico, começaria a gargalhar.
A: Mas e se depois o senhor aparece andando, sou eu que me ferro.
D: (Altamente irônico, adorei) Fica tranqüila minha filha, meu remédio pra crescer as pernas não está funcionando.
A:...
D: Se minha perna crescer eu vo da um chute na bunda do cara que criou essa regra de comprovante. Vamos moça! Me vê logo essa senha! Eu preciso "dar um pulo" no banheiro.
A: Tudo bem, senhor. Espere essa senha, que dentro de 5 minutinhos o senhor será chamado.
D: 1092? Mas tá no 1050! Tem 42 deficientes na minha frente? Se demorar 5 minutos, eu juro que minhas pernas crescem de novo!


(Não mais o vi, mas considerando o serviço público brasileiro, aposto que as pernas dele não cresceram. Isso porque ele era deficiente e tinha preferência...)

quarta-feira, junho 06, 2007

Enquanto isso, durante a prova

(em voz normal)
Aluno 1: Ei, André, vai rolar aquele fondue na sua casa!?
Aluno 2: Ih, cara! Nem vai rolar, meus pais miaram!
Aluno 1: Porra! E agora?
Aluna 3: Fala com o Vitor!
Aluno 1: E ai, cara! Rola na sua casa!
Aluno 4: Falo com você, depois da prova, sabe a resposta da 3?
Aluno 1: Nem sei. Acho que é alguma coisa a ver com etnocentrica, policentrica etc...
Aluno 5 (a 7 carteiras de distância) : Não viaja. É aquele negócio de produto internacional, global, regional etc... Fala também do high-touch e high-tech.
Aluno 4: Valeu, kra!
Aluno 5: Valeu o cacete! Pode me incluir no fondue ai!

(mais tarde, ainda durante a prova, aluno abre o livro da matéria)

Professor (chega perto do aluno e fala pra toda a sala): Dessa vez eu vou deixar de graça, próxima vez um tiro um ponto, da vez depois tiro 3 pontos e se, eu ver mais uma vez tiro a prova.
(aluno continua olhando avidamente o livro)
Professor: Não vai fechar não?!
Aluno 6: Por quê? Deixa eu aproveitar enquanto tá de graça pra pegar tudo o que eu preciso!
Professor:...
(cinco minutos depois, o professor pega outro aluno com o livro)
Professor: Ok, um ponto a menos pra você!
Aluno 7: Que mancada! Desigualdade! Ele tem uma amostra grátis e eu não!
Professor: É a vida! Acostume-se!
Aluno 7: Vou fazer uma greve! Invadir a reitoria! É o fim! É tudo culpa do Governador Serra!
Professor: Eu acharia ótimo, vocês continuam pagando 500 reais por mês e eu continuo recebendo, só que sem trabalhar...
Aluno 7: ...
Aluno 6: Desiste, eu sou melhor que você.


E só agora me ocoreu que eu não fiz nenhum post sobre o Papa.
Deve ser porque é pecado...
Ou talvez porque eu não ligo nada pra pessoa que ele é.
Apesar de odiar o trânsito que ele causa!
Boa noite!