sexta-feira, setembro 22, 2006

Sobre o aniversário da Mila parte II - O retorno que nunca farei a aquele lugar

Dica do post número 1:
Não confie em aniversariantes. Ele farão de tudo pra você ir à festa deles... Tudo mesmo...

"Vi, é pertinho da Estação Parada Inglesa"
"'Pertinho' quanto Mila"
"Muito pertinho"

Dez e meia da noite e la fui eu pro aniversário da Mila. Sozinho, o Caramuru não quis se arriscar sem a AR-15 dele e não queria usar U$2500 pra comprar uma, pois ele está juntando pra comprar um Vectra novo.
Oito reais, táxi até a estação Marechal Deodoro. 30 minutos de metrô até a Parada Inglesa. Até aí tudo bem, só aquele cheiro de humanidade característico do metrô paulistano, dois bebados vomitando dentro do vagão, um sanfoneiro e o fato de que o vagão estava quase completamente vazio 2 estações antes da Parada Inglesa, não os culpo, se eu pudesse também não estaria ali.
Já na estação, pensei que minha sorte havia mudado, a saída da estação era bem na avenida da balada, fantástico.

Dica do post número 2:
Tudo que parece fácil na Zona Norte é no mínimo três vezes mais difícil que é. (Leia a regra 4 do Conselho Inconstante)

Desci para a Rua (sim, na Zona Norte o metrô passa por cima da terra, se alguém mais acha que isso é uma aberração e uma contradição, junte-se ao clube) e tentei deduzir para que lado seguir. 'Deduzir' porque não havia casas numeradas lá, perto do metrô não havia nem 'casas'. Lógico que a iluminação era precária e estava chovendo, que graça teria se não fosse emocionante? Lei de Murphy, fui para o lado errado, só percebi uns 200 metros depois, quando achei uma casa com o número de 1900. "Que bom! Só tenho que voltar um km até o número 998 onde é a balada. Na chuva, no escuro e pior de tudo, na Zona Norte".
Bom, seguindo pro lado certo da avenida, passei por uma praça de uns 300 metros de comprimento. Lá pelo meio da praça tive a brilhante idéia de olhar pra trás.
Pouca gente sabe, mas quando eu to sozinho e nervoso, eu puxo papo comigo mesmo pra aliviar a tensão, o médico diz que esquizofrenia, mas isso dá muita discussão comigo mesmo. Enfim, voltando a história, resolvi olhar pra trás e ter uma conversa comigo mesmo.

"Tô achando aquele cara suspeito"
"Qual deles?"
"O que tá com uma silver tape numa mão e uma faca na outra, na frente do cara com uniforme de presidiário e atrás do homem carregando uma mulher nos ombros."
"Deixa de ser burro! É só a população local!"
"Ah... Desculpa"
"Em todo caso, corre até o próximo quarteirão porque... erh... a chuva ta engrossando!"

Achei um Habib's, imaginei que teria um restaurante árabe perto do lugar com a maior concentração de terroristas de São Paulo. Perguntei que número eu estava no Habib's (não tinha escrito) e já estava a uns 200 metros só. Mas esse final foi tranquilo, eu admito, alguns bares e algumas baladas, nada comparável à Vila Olimpia, mas bem acima do que eu esperava do lugar.

Encontrar a Mila na balada, não foi difícil, ela só estava no extremo oposto da entrada, fácil de achar. Mais gente conhecida do que eu esperava, inclusive uma amiga (Raquel) minha que NUNCA sai com a gente, isolada no canto e quieta, até eu chegar lógico, porque eu não deixo amigo meu assim em festa nunca, nem quando a balada é um porre.

Dica do post número 3:
Vou resumir a festa em alguns fatos, senão vai ficar um porre pra ler esse post.

Fato 1 - piada 'infamíssima' do Catraca e por isso mesmo engraçada na hora:
Eu: "Na austrália tem muito Suiço, muito mesmo. Lá eu tropeçava em Suiço"
Catraca: "Assim você comete um 'suicídio'!

Fato 2 - Eu e o Catraca achando que mandamos em alguma coisa:
Mila: "Catraca, você nem me deu pr....."
Catraca: "Silêncio! Fica Quieta!"
Eu: "Macho alfa falando! Fica quieta!"
Mila: ¬¬
Eu: "Agora escuta!"
Catraca: "É.... Pronto pode falar!"
Mila: "Filha da......."

Fato 3 - A irmã da Raquel pagando 4 baladas na mesma noite:

23h30
Eu: "Sua irmã entrou aqui só pra te deixar, foi para outra balada, vai entrar aqui de novo pra te buscar e ainda vai pra outro lugar depois?"
Raquel: "Pois é!"
Eu: "Ela tá podendo"
Raquel: "Ela tá com um casal de amigos milionários"
Eu: "Ela ta podendo MESMO"
00h30
Raquel: "Minha irmã ta vindo pra gente ir!"
Eu: "Já vai pra quarta balada dela?!"
Raquel: "Acho que ela desencanou da última..."
Eu: "Por que?! O que são 50 reais a mais, 50 reais a menos? Fala pro casal lá que eu topo triângulo fácil!"
Raquel: "Aff meu!" (BEEEEEMM Paulistana essa frase...)
Eu: "A mulher pelo menos é bonita?"

Fato 4 - Aryana, Lê, Aninha e o namorado bebados
Lê: "Pra que time você torce: Palmeiras, Corinthians ou PSDB?"
(...)
Ary: "Eu tomei (conta nos dedos, aponta pros cinco dedos e mostra três) três tequilas só. Essa é minha quinta!"
(... depois da Aninha ter 'chamado o hugo')
Aninha: "Você ainda me ama?"
Namorado: "Sim, eu te beijo até vomitando"
Aninha: "Que nojo, amor!"
Namorado: "Viu? Até nisso a gente concorda!"

Fato 5 - Ary perde a comanda e fica até a balada quase fechar pra poder sair.


É isso. Voltei de táxi, nada demais, só vi um carro acidentado e dois assaltos, nada incomum na 'Zona Morte'...

PS: O aniversário em paraisópolis ta de pé! Alguém quer ir?

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